Santa Casa não pediu licença para jogo online
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa referiu que não vai apostar no negócio do jogo online, actividade que é legal desde 28 de junho deste ano, após a entrada de um novo regime jurídico.
Segundo Fernando Paes Afonso, vice-provedor da SCML, a instituição não pediu a licença ao Serviço de Regulação e Inspecção de Jogos, dado que “atenta à sua natureza e aos fins estatutários que prossegue”, disse, ao jornal PÚBLICO.
Com a sua função social bem vincada e que está referida nos seus estatutos, a mesa da SCML decidiu que não avança para o online. Em março passado, Pedro Santana Lopes, atual provedor da instituição, tinha falado da possibilidade de a Santa Casa se candidatar a uma destas licenças, organização que gere os jogos sociais do Estado, tal como a Raspadinha ou o Euromilhões, e que terá a seu cargo a criação das apostas hípicas em Portugal, a partir de 2016.
A previsão do anterior Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, era que as primeiras autorizações seriam emitidas no último trimestre de 2015, mas, para já, ainda não houve licenças atribuídas a casas de apostas. Uma fonte oficial do Ministério da Economia referiu, ao PÚBLICO, que “foram apresentadas 11 candidaturas para atribuição de licenças para exploração de jogos e apostas online”. As propostas estão a ser analisadas para “verificação do cumprimento dos requisitos legalmente exigidos, tendo sido solicitados esclarecimentos e pedidos de informação complementares”.
A Comissão Europeia já foi notificada de “todos os regulamentos técnicos” por “imperativo da legislação comunitária”. O Ministério da Economia salienta que ainda está a aguardar a “pronúncia da Comissão relativamente a um deles”. Este é o regulamento que controla as regras das apostas cruzadas e, para já, está num período de espera, sendo que a Comissão e os Estados-membros têm três meses para se pronunciar. Assim sendo, tudo aponta para que os primeiros sites legais de jogo estejam a funcionar já em 2016, algo qu acontecerá apenas depois da publicação em Diário da República do regulamento, que regula os requisitos técnicos, e após “a validação que for feita dos sistemas técnicos” dos candidatos às licenças.
Quanto à Amorim Turismo, já se manifestou interessada neste negócio. Jorge Armindo, presidente da empresa que detém, entre outros, o casino da Figueira da Foz, referiu que tem a expectativa de que o jogo online esteja a funcionar nos primeiros três meses de 2016. A ideia será avançar para outros países de língua portuguesa, dependendo das leias vigentes: “Vamos para o jogo online com uma parceria com portugueses. O aspecto essencial dos jogos online é a plataforma informática e normalmente tem que se comprar ou alugar, criando relações de dependência que queríamos evitar”, disse Armindo, à Agência Lusa, isto depois de uma conferência de imprensa onde revelou o investimento que será feito. Também a Estoril Sol, que controla o jogo nos casinos de Lisboa, Estoril e Póvoa de Varzim, vai entrar no jogo online. Aquela que é a maior empresa de casinos do país (tem 63% das receitas do mercado nacional) ainda está a estudar o modelo, que poderá fazer com que se use a Internet nas suas salas de jogo.
A ida do negócio para a Net parece inevitável. Segundo a Associação Europeia do Jogo e Apostas, o jogo online representou 13% do total do mercado de jogo em 2013, com receitas na volta dos 10,9 mil milhões de dólares. Este ano, a percentagem poderá subir aos 14,58%.
De relembrar que a nova lei do Jogo, em Portugal, aprovada em 2014, prevê que as empresas que se candidatem a uma licença têm de cumprir “requisitos de idoneidade” e pagar 18 mil euros pela aprovação do seu sistema técnico, onde se acrescentam mais dois mil euros pela exploração de cada uma das categorias de apostas e tipos de jogo. A emissão ou renovação de licença para a exploração de apostas desportivas à cota e apostas hípicas online custará 12 mil euros.
Pois claro, a santa casa não percebe nada de jogo desportivo e muito menos de apostas online. As odds do Placard são uma miséria autêntica e as opções de aposta ainda mais. Só tem tido lucro a explorar os menos entendidos na matéria. Mal as casas online voltem a funcionar, podem dizer adeus ao placard. A não ser claro que continuem CONVENIENTEMENTE a adiar os processos de atribuição de licenças. Enfim, só em Portugal é que isto acontece.
Percebe percebe Joaquim, na minha opinião até demais, com certeza tem lá quem perceba muito!!
Ainda bem!!!!! Com as odds que oferecem tambem nao quero saber. Que continuem a enganar o povo que nunca apostou na vida. E so isso que sabem fazer.
Pois, pois, será que precisam?….porque será que a Betfair ou outras estão a demorar tanto a ser licenciadas? quem estará a ganhar como isto?…sei quem está a perder o governo o País e o nossa cidadania!!